No ano de 1693, nas terras de Antônio Cardoso Pimentel, um povoado começou a se formar junto à margem esquerda do Rio Anhemby (atual Tietê), em um ponto distante pouco mais de 100km da cidade de São Paulo. O local era conhecido como “Araritaguaba”, que significa“lugar onde as araras comem areia, nome dado pelos índios Guaianazes que habitavam a região, em virtude da frequência com que bandos dessas aves bicavam um salitroso paredão ali existente.
O povoamento teve início quando o proprietário das terras resolveu habitá-las, juntamente com seus familiares e empregados, em uma época em que vários sertanistas decidiram abandonar o Bandeirismo pela Agricultura. Tratava-se de uma comunidade simples, que cultivava o solo apenas para a sua subsistência. No entanto, quando a notícia da descoberta de ouro em Mato Grosso (1719) e Goiás (1725) espalhou-se pelos quatro cantos, a movimentação no vilarejo e o seu consequente progresso foram inevitáveis. Por sorte, ele havia se desenvolvido em torno de um estratégico porto natural junto ao primeiro trecho navegável do rio depois de Salto, local que serviria de ponto de partida, ainda no século XVII, de inúmeros bandeirantes, em busca das riquezas anunciadas. No século XVIII, partiriam também as famosas monções – expedições comerciais e científicas.